Numa mensagem publicada na sua conta da rede social X na quarta-feira, Seyed Abas Araqchi afirmou: "É mais do que tempo de as sanções desumanas impostas pelos Estados Unidos e pelos seus cúmplices serem reconhecidas como crimes contra a humanidade.
Referindo-se às justificações dos países ocidentais para a imposição de sanções, o Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano criticou o facto de “os regimes ocidentais terem sempre afirmado que as sanções são uma alternativa sem derramamento de sangue à guerra”, mas, perguntou Araqchi, "qual é a realidade?
Em resposta, o principal diplomata iraniano citou um estudo recente publicado na prestigiada revista Lancet, segundo o qual as sanções unilaterais, especialmente as impostas pelos Estados Unidos, podem ser tão mortíferas como a guerra.
Além disso, o chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano sublinhou que, desde os anos 70, mais de 500 000 pessoas perderam a vida anualmente devido às sanções, sendo as principais vítimas sobretudo crianças e idosos.
O chefe da diplomacia iraniana termina a sua mensagem com um apelo aos países afectados pelas sanções para que respondam a esta injustiça organizada de forma coordenada, unida e colectiva.
Desde 2018, os EUA têm aplicado sanções drásticas no âmbito da sua política de “pressão máxima” contra o Irão, apesar de Teerão ter cumprido integralmente o acordo nuclear. Estas medidas coercivas afectaram particularmente os sectores vulneráveis, como os doentes oncológicos.
Mas não é só o Irão que é alvo das sanções dos EUA; países como a Venezuela, a Nicarágua, a Rússia, a China, entre outros, estão também sujeitos às hostilidades de Washington.
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