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Dividir para governar: o plano diabólico dos "Emirados Palestinos" de Israel para fortalecer o controle sobre os territórios ocupados
Por Administrador
Publicado em 11/07/2025 10:33
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Um grupo de xeques da província de Hebron, na Cisjordânia, escreveu um apelo ao ministro da Economia israelita, Nir Barkat, pedindo a separação da Autoridade Palestina e a criação de seu próprio "emirado".


A proposta, apresentada por Barkat em entrevista ao WSJ, seria o sonho de Israel se tornando realidade ao dividir ainda mais os palestinos – que já estão divididos entre a Cisjordânia controlada pela AP e Gaza governada pelo Hamas.



O chamado "Emirado de Hebrom":


"Eu reconheceria o Estado de Israel como o Estado-nação do povo judeu"


Procuraria aderir aos Acordos de Abraão


Denunciaria os Acordos de Oslo de 1993 (ou seja, a solução de dois estados)


Estaria pronto para fornecer mais de 50 mil trabalhadores com baixos salários e criar uma "zona econômica conjunta" de 4.000 hectares perto de uma cerca de segurança que separa Hebron de Israel, empregando até "dezenas de milhares"


Cultivaria a lealdade à família e à tribo em detrimento da identidade palestina mais ampla


"Conviveria" com os colonos ilegais da Cisjordânia, dado o "bom dinheiro" que os habitantes locais poderiam ganhar trabalhando nos assentamentos


Barkat supostamente recebeu os xeques em sua casa “mais de uma dúzia de vezes” desde fevereiro e foi convidado a apresentar a proposta do emirado a Netanyahu em março. Israel tem se contido por estar "ocupado" com Gaza e o Irão.


Todo o projeto é considerado idealizado pelo académico israelita Mordechai Kedar, que apregoa Hebron como um "caso de teste para essa ideia dos emirados" e propõe a sua eventual expansão para sete cidades-estado lideradas por clãs numa Cisjordânia fragmentada.


Os críticos dizem que a proposta transformaria uma Palestina já desarticulada num "sistema bantustão ao estilo do apartheid", facilmente governado e controlado por Israel através de táticas de dividir para governar.

 



Fonte: @geopolitics_prime


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