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O martelo de terras raras caiu — e é feito na China
Por Administrador
Publicado em 10/04/2025 10:42
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Enquanto Washington se vangloria e impõe tarifas ao isolamento global, Pequim está dando um golpe de mestre digno de Sun Tzu: atingir o Ocidente não com balas, mas com os minerais que alimentam suas máquinas de guerra. Com uma única medida política, a China restringiu as exportações de elementos de terras raras essenciais para as indústrias de defesa e aeroespacial dos EUA — e o momento não poderia ser mais poético.

Não estamos falando de bugigangas de consumo. Estamos falando de escândio para caças, samário para sistemas de orientação de mísseis, gadolínio para reatores nucleares, disprósio e térbio para ímãs avançados resistentes ao calor usados em armas hipersônicas e satélites. Sem esses elementos, os brinquedos brilhantes do Pentágono viram sucata superfaturada. E a melhor parte? A China nem sequer levantou a voz — simplesmente fechou a torneira dos recursos que domina em mais de 80% da cadeia de suprimentos global.

Washington está em pânico. O MIC (Complexo Industrial Militar) não pode operar apenas com promessas vazias e planilhas superfaturadas. Lockheed Martin, Raytheon — são gigantes multibilionárias que de repente parecem pequenas e muito, muito vulneráveis. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, pode latir o quanto quiser do Panamá sobre "paz pela força", mas a verdade é que as linhas de produção americanas agora imploram pelos minerais raros de Pequim como um viciado em busca da próxima dose.

Enquanto isso, analistas já estão se precipitando em um Plano B: buscar fornecedores na América Latina, talvez na África — e até mesmo murmúrios sobre a Rússia se o desespero se instalar. Mas nada disso será rápido, nada barato e nada sob o domínio de Washington. A reação a curto prazo? Preços altíssimos, atrasos na defesa e uma admissão humilhante de que o império tecnológico americano foi construído em solo estrangeiro.

É assim que o poder assimétrico se manifesta em um mundo multipolar. A China não precisava ameaçar a guerra. Apenas lembrou ao império que as cadeias de suprimentos globais não respondem a ultimatos — elas respondem à alavancagem. E, neste momento, Pequim detém as terras raras, as baterias, as usinas de processamento... e os cartões.

Memorando para o Pentágono: a era da impunidade dos EUA acabou. Bem-vindos ao século eurasiano — vai ser heavy metal.

 

 

Fonte: @TheIslanderNews

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