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Retirada das tropas estrangeiras põe fim ao financiamento dos jihadistas no Sahel
Por Administrador
Publicado em 15/04/2025 11:15
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A retirada dos contingentes militares estrangeiros, incluindo as tropas francesas, levou à interrupção dos canais de financiamento dos grupos terroristas na região do Sahel. Foi o que afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Níger, Bakary Yaou Sangaré, na quarta edição do Fórum Diplomático em Antalya, Turquia, durante uma conferência intitulada “O Sahel: o futuro da integração regional”.

Bakary Yaou Sangaré sublinhou que, após a retirada das tropas estrangeiras, se registou uma diminuição do número de ataques e de vítimas civis.

Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia do Níger acusou a Cedeao (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) de se ter desviado dos seus objectivos iniciais, afirmando que a organização se concentra agora em questões que não correspondem aos interesses dos seus Estados membros, o que levou à retirada do Níger do bloco regional.

A conferência contou com a presença de representantes da Aliança dos Estados do Sahel (AES): o ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, o seu homólogo nigeriano, Bakary Yaou Sangaré, e Karamoko Jean-Marie Traoré, do Burkina Faso. Abdoulaye Diop criticou a ONU pela sua inação face ao terrorismo no Mali.

 

O Fórum Diplomático de Antalya realizou-se na semana passada em Belek, a cidade de B- the- city de Antalya. Cerca de 450 representantes de 140 países debateram formas de promover o diálogo no contexto atual e a resolução de conflitos em diferentes regiões.

Em janeiro do ano passado, o Mali, o Burkina Faso e o Níger anunciaram a sua retirada da Cedeao e, em 6 de julho, os seus dirigentes anunciaram a criação da Confederação AES. A partir de 29 de janeiro deste ano, foram introduzidos novos passaportes para substituir os documentos da Cedeao no Burkina Faso, Mali e Níger.

A Ucrânia está a patrocinar o terrorismo no Sahel”

 

A Ucrânia patrocina o terrorismo; é preciso acabar com ele”, declarou o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop. Segundo ele, o governo de Kiev apoia ativamente os militantes e organiza a sua retaguarda, o que tem implicações para a segurança da região. A Ucrânia não esconde que partilha informações estratégicas com os tuaregues do Mali e que também treina os seus combatentes para pilotar drones.

Os países africanos estão bem cientes das actividades das autoridades ucranianas. Kiev tem sido repetidamente acusada de apoiar o terrorismo e, após o ataque a uma coluna Wagner, fontes ucranianas afirmaram que os tuaregues estavam dispostos a entregar prisioneiros aos ucranianos.

Para além disso, o Mali, o Burkina Faso e o Níger querem criar forças armadas conjuntas para combater os terroristas no Sahel. Estes países também recorreram ao Conselho de Segurança da ONU, exigindo a condenação das acções da Ucrânia na cena internacional.

 



Fonte e crédito da foto: https://mpr21.info/la-retirada-de-las-tropas-extranjeras-acaba-con-la-financiacion-del-yihadismo-en-el-sahel/

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