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Gaza enfrenta uma crise humanitária catastrófica após o recomeço do genocídio israelita
Por Administrador
Publicado em 20/03/2025 20:26
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O recomeço da ofensiva levou a um aumento das deslocações forçadas no norte de Gaza, em especial em Beit Hanoun, onde o sistema de saúde também entrou em colapso.

 

O porta-voz do Corpo de Defesa Civil em Gaza, Mahmoud Basal, informou na terça-feira que mais de 400 palestinianos foram mortos e entre 300 e 600 ficaram feridos após os ataques aéreos israelitas contra a Faixa de Gaza. Basal advertiu que muitos dos feridos estão em estado crítico, o que pode aumentar significativamente o número de mortos.


Em declarações à Al Mayadeen, Basal descreveu os ataques como “massacres”, afirmando que as forças israelitas atingiram 100 alvos, incluindo escolas e casas de civis, em menos de um minuto. Por seu lado, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou que 174 crianças, 89 mulheres e 32 idosos se encontravam entre os mortos.


O recomeço da ofensiva provocou um aumento das deslocações forçadas no norte de Gaza, nomeadamente em Beit Hanoun. De acordo com o correspondente da Al Mayadeen, o sistema de saúde nesta região entrou em colapso, incapaz de lidar com o número crescente de vítimas.

 

A agressão israelita começou oficialmente nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, quando Telavive anunciou o recomeço da guerra. Os bombardeamentos atingiram zonas residenciais, campos de deslocados e zonas próximas de hospitais, intensificando a crise humanitária.

A Autoridade Pública de Radiodifusão de Israel informou que a decisão de retomar a guerra foi tomada por unanimidade durante as consultas de segurança conduzidas pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e por altos funcionários militares e dos serviços secretos. Esta decisão foi apoiada pelo governo dos EUA, segundo o mesmo relatório.

Entretanto, o Gabinete de Informação do Governo em Gaza referiu dificuldades no transporte de feridos devido à falta de combustível e ao colapso das infra-estruturas rodoviárias.

 

O diretor do Hospital Al-Shifa, Muhammad Abu Selmia, descreveu a situação como “catastrófica e desoladora”, referindo que as morgues estão sobrelotadas e que as equipas de salvamento não conseguem chegar aos feridos presos nos escombros.

O movimento de resistência palestiniana, Hamas, declarou martirizados vários dos seus líderes, incluindo Issam al-Dailees, Mahmoud Abu Watfa e Bahjat Abu Sultan, bem como figuras como Yasser Harb e Ahmad al-Hatta. O Hamas condenou os ataques e afirmou que estes reforçariam a determinação do povo palestiniano em resistir à ocupação.

Entretanto, a Jihad Islâmica confirmou a morte do seu destacado dirigente Naji Abu Saif (Abu Hamza), porta-voz militar das Brigadas Al-Quds, o seu braço armado. Ambos os movimentos palestinianos reafirmaram o seu empenho em enfrentar a agressão israelita, apesar das pesadas perdas humanas e materiais.

 



Fonte: Telesur.tv

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