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Unicef denuncia o perigo mortal que correm os recém-nascidos em Gaza
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Publicado em 08/11/2024

 

Antes do cerco israelita, Gaza tinha oito unidades de cuidados intensivos neonatais, mas três delas foram destruídas pelos sionistas, reduzindo drasticamente a capacidade de tratamento dos recém-nascidos.

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou esta quarta-feira que a situação na Faixa de Gaza se tornou alarmante, sobretudo para os recém-nascidos, gravemente afectados pelos constantes ataques israelitas aos hospitais.


De acordo com um relatório da Unicef, pelo menos 4.000 bebés ficaram sem acesso a cuidados médicos, um facto de extrema gravidade, que coloca as suas vidas em risco num contexto de cerco militar crescente por parte dos ocupantes israelitas.

A organização das Nações Unidas sublinhou que os recém-nascidos dependentes de incubadoras e de cuidados intensivos são completamente vulneráveis, uma vez que a sua sobrevivência depende de cuidados médicos especializados que foram gravemente comprometidos.

 

A Unicef sublinhou que “qualquer recém-nascido que esteja a lutar para suster a respiração dentro de uma incubadora hospitalar está totalmente indefeso e completamente dependente de cuidados médicos especializados e de equipamento para sobreviver”.

A Unicef referiu que o sistema de saúde em Gaza está praticamente incapacitado, em resultado dos bombardeamentos contínuos do exército ocupante, da falta de combustível e dos cortes de energia.

A diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África, Adele Khodr, alertou para o estado crítico do hospital Kamal Adwan, onde a unidade de cuidados intensivos neonatais sofreu danos significativos.

Khodr afirmou que o Kamal Adwan, no norte de Gaza, “se tornou uma zona de guerra sitiada. A sua unidade de cuidados intensivos neonatais, a última unidade que resta no norte, foi danificada pelos intensos ataques dos últimos dias.

 

A escassez de material médico, como oxigénio e água, fez com que muitas das crianças tratadas no centro de saúde fossem mortas ou feridas pelos bombardeamentos.

Além disso, a falta de alimentos nutritivos contribuiu para um aumento do número de nascimentos prematuros, agravando ainda mais a crise.

Em Gaza, a situação é tão crítica que tanto os recém-nascidos como as crianças doentes estão a perder a vida em condições desumanas, o que levanta sérias questões sobre a resposta da comunidade internacional a esta tragédia.




Fonte: Telesur.tv

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