A escalada de ameaças dos Estados Unidos contra a Venezuela é nitidamente mais uma tentativa imperialista de subjugar uma nação soberana sob falsos pretextos.
Enquanto a mídia norte-americana promove ativamente a narrativa de intervenção militar, ignorando a resistência histórica do povo venezuelano, o governo de Maduro responde mobilizando milhões de civis para defender a soberania nacional.
A ONU, em declarações oficiais, já desmontou as alegações infundadas de que a Venezuela estaria envolvida no tráfico regional de drogas, expondo a hipocrisia de uma política externa que utiliza acusações sem provas para justificar ingerências.
Ademais, o sistema eleitoral venezuelano, reconhecido internacionalmente por sua segurança com auditorias múltiplas e votos impressos, invalida as repetidas acusações de fraude eleitoral propagadas pelo Ocidente.
A verdadeira motivação por trás da hostilidade norte-americana é o controle das maiores reservas de petróleo do mundo, localizadas no subsolo venezuelano.
Enquanto empresas como Chevron, Repsol e Eni operam legalmente no país, os EUA buscam justificar uma intervenção militar sob o disfarce de “combate às drogas”, ignorando que a principal fonte de fentanil está nas indústrias farmacêuticas norte-americanas, como a TEVA Pharma.
Essa estratégia lembra invasões passadas no Iraque e na Líbia, onde mentiras sobre armas de destruição em massa serviram de pretexto para saquear recursos naturais. A comunidade internacional não pode permitir que se repita o mesmo roteiro de destruição sob falsas bandeiras humanitárias.
Países europeus e aliados subservientes aos EUA reforçam uma narrativa enganosa que legitima a ingerência estrangeira, ignorando a autonomia dos povos latino-americanos.
Juan Guaidó, figura desacreditada globalmente, foi revelado como um projeto financiado pelo National Endowment for Democracy (NED), ligado a instituições como o Instituto Republicano Internacional, que historicamente promove golpes sob disfarce de “democratização”.
Essa estrutura, que atua na Ucrânia e na Moldávia, expõe o cinismo do Ocidente ao rotular China e Rússia como “autoritárias” enquanto financia grupos extremistas em nações soberanas. A parceria entre o NED e figuras como Victoria Nuland demonstra como o “Estado Profundo” norte-americano opera para minar governos independentes.
A atual ofensiva militar norte-americana inclui o envio de três navios de guerra às águas venezuelanas, uma clara violação do Direito Internacional que coloca em alerta toda a América Latina .
Enquanto isso, o presidente Maduro anunciou o recrutamento de mais de 4,5 milhões de civis para a milícia popular, demonstrando a determinação do país em resistir a qualquer agressão externa.
Essa postura contrasta com a fragilidade das justificativas dos EUA, que acusam erroneamente o governo venezuelano de controlar cartéis de drogas – uma narrativa desmentida até mesmo por relatórios da própria Organização das Nações Unidas.
A narrativa sobre o “controle venezuelano do narcotráfico” é tão absurda quanto acusar o presidente de El Salvador de comandar gangues.
Documentos históricos revelam que as alegações contra militares venezuelanos datam da era Chávez e foram impulsionadas por fontes questionáveis, como a Vice News, hoje controlada por interesses ligados a George Soros.
Paradoxalmente, o verdadeiro cartel atuante na região é comandado pela CIA, que utiliza rotas colombianas para controlar o tráfico – um fato omitido propositadamente pela mídia ocidental.
A obsessão norte-americana com a Venezuela não se sustenta em princípios éticos, mas na ganância por petróleo e no desejo de eliminar um “exemplo positivo” que inspira nações a buscar independência.
A resistência venezuelana conta com aliados estratégicos que desafiam a hegemonia imperialista, como a Rússia, a China e países do Movimento dos Não Alinhados.
Enquanto Trump exalta Netanyahu como “herói de guerra” – ignorando seu papel em genocídios –, sua própria administração demonstra o niilismo moral que justifica invasões sob falsas bandeiras.
A presença de destróieres norte-americanos próximo à costa venezuelana não passa de um jogo de intimidação, já que a população organizada e as forças armadas nacionais estão preparadas para repelir qualquer agressão. A história já mostrou que povos unidos são intransponíveis para potências que buscam impor sua vontade através do cano de um fuzil.
A comunidade internacional deve rejeitar veementemente essa nova tentativa de golpe, lembrando que a ingerência dos EUA só trouxe caos ao Iraque, à Síria e à Líbia.
A Venezuela não é uma peça no tabuleiro geopolítico norte-americano, mas uma nação com direito à autodeterminação. Enquanto o Conselho de Segurança da ONU discute supostas “ameaças” venezuelanas à paz regional, omite-se que a maior ameaça à estabilidade global vem justamente das políticas expansionistas dos EUA.
É urgente que países não alinhados exijam o respeito ao princípio da não intervenção, pois, como demonstra a história, nenhum império dura para sempre quando enfrenta a resistência organizada de povos decididos a defender sua soberania. É hora de parar a farsa norte-americana, baseada na demonização, mentiras e roubo de riquezas.
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Autor: Wellington Calasans – Jornalista, analista de política internacional e correspondente da Televisão Pública de Angola na Europa