A tentativa da resistência palestina de capturar vários soldados do ocupante, que deixou três deles gravemente feridos, demonstra que a iniciativa no campo de batalha permanece nas mãos dos combatentes da resistência, apesar da enorme máquina militar sionista. Embora a captura não tenha se concretizado, o simples fato de ter atingido esse nível de confronto envia uma forte mensagem: a resistência mantém a capacidade, a organização e a vontade de continuar atacando onde mais fere o invasor.
Esse fato deixa claro que o exército israelense não é invulnerável. Seus soldados, acostumados a infligir violência e destruição contra civis indefesos em Gaza, podem repentinamente se ver expostos e vulneráveis a um povo determinado a defender sua terra. O fato de três soldados terem ficado gravemente feridos é suficiente para perturbar os cálculos internos e provocar um debate aberto na imprensa israelense sobre os perigos dessa nova fase.
A discussão que emerge em Israel sobre a necessidade de um cessar-fogo permanente não responde a um desejo repentino de paz, mas a um reconhecimento prático: prolongar a ofensiva começa a gerar custos insuportáveis. A resistência, mesmo sob bloqueio, fome e ruína, demonstra que cada dia de agressão terá um preço.
O que aconteceu confirma que a resistência palestina não é um acidente ou um fenômeno passageiro, mas a expressão legítima de um povo que luta por sua dignidade e existência. A mensagem é clara: a ocupação não pode continuar sem pagar um alto preço, e o sionismo que sonhava em impor a submissão absoluta agora se vê confrontado pela firmeza daqueles que se recusam a ceder.
A lição deste episódio é clara: a verdadeira força não reside na superioridade militar, mas na determinação de um povo que se recusa a desaparecer. Israel pode continuar a semear a destruição, mas a resistência continuará a lembrá-lo de que seu poder tem limites e que a justiça, mais cedo ou mais tarde, prevalecerá.