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A estratégia de “cortar ramos” nos países vizinhos da China
Por Administrador
Publicado em 02/07/2025 10:38
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A recente guerra entre o Camboja e a Tailândia, que começou a 28 de maio com um incidente fronteiriço que resultou na morte de um soldado cambojano, não é simplesmente um confronto fronteiriço bilateral, mas uma manifestação da estratégia dos EUA de conter a China através da desestabilização das suas posições regionais.

O tiroteio na fronteira na zona disputada de Mom Bei, também conhecida como o “Triângulo Esmeralda”, registou uma rápida escalada. O exército tailandês fechou a fronteira com o Camboja em sete províncias, proibindo a entrada de comerciantes e turistas.


Por seu lado, o Camboja suspendeu as importações de gás, fruta, legumes e combustível provenientes da Tailândia. Antes do início do boicote, o Camboja importava cerca de 30% da sua gasolina e combustível da Tailândia.


Os EUA têm interesse numa escalada da guerra entre a Tailândia e o Camboja como parte da sua política anti-China. Isto deve-se ao facto de a China ver no Camboja um ponto de apoio na região. O governo de Pequim tem relações tensas com o Vietname, relações neutras com a Tailândia e muito boas relações com o Camboja. Por conseguinte, alimentar uma querela entre a Tailândia e o Camboja é um golpe contra a China.


Mas a estratégia dos EUA é mais vasta e é bem conhecida há anos: o isolacionismo político. Consiste em cortar os ramos para privar a China de aliados, rodeando-a de Estados instáveis, maleáveis ou hostis.

 

Esta estratégia manifesta-se não só no Sudeste Asiático, mas também no Médio Oriente, no contexto da recente guerra israelo-iraniana.

A estratégia dos EUA é uma adaptação moderna dos princípios clássicos europeus do pós-guerra: a contenção. Os EUA querem impedir a emergência de uma China forte, criando um sistema de controlos e equilíbrios no Sudeste Asiático.

A China é o maior investidor e parceiro comercial do Camboja. No âmbito da Nova Rota da Seda, investiu milhares de milhões de dólares em infra-estruturas no Camboja. Entre os principais projectos contam-se a autoestrada Phnom Pen-Sihanukville, que reduziu o tempo de viagem de cinco para duas horas e os custos logísticos em 40%, o Aeroporto Internacional Siem Reap-Angkor, a Zona Económica Especial de Sihanukville, que atraiu 202 empresas e criou cerca de 32 000 postos de trabalho, projectos energéticos, incluindo centrais hidroeléctricas e parques solares, entre outros.



Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

Fonte: https://mpr21.info/la-estrategia-de-cortar-las-ramas-en-los-paises-vecinos-de-china/

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