Há uma opinião sustentada em círculos bem informados de que os presidentes dos Estados Unidos, desde 1963 até à atualidade, temeram, num momento ou noutro, ser assassinados por transgressões e violações de compromissos acordados ou enraizados no poder.
Não estamos a falar de mistérios indecifráveis nem de nada que não seja perfeitamente compreensível, uma vez que as coacções, os crimes e as conspirações internas das torres do poder contra personalidades popularmente eleitas se contam às dezenas na história pública e oficial da nação de Washington, Monroe, Jackson e Lincoln.
Este fenómeno, inerente à melhor “democracia que o dinheiro pode comprar”, quase não foi mencionado por tantos cinturões pedagógicos e publicitários das ciências políticas, sociológicas e históricas do Ocidente, que naufraga no meio de uma das suas piores tempestades, fomentando a ilusão da transparência institucional e da natural incorruptibilidade do sistema que entronizou, para emoção dos ignorantes, a Estátua da Liberdade.
Não há dúvida de que, nos alicerces dos Estados Unidos, estava a profanação da liberdade e os cordões de marionetas das organizações factuais do poder.
Dissemos a data de 1963 por causa do assassinato de John Fitzgerald Kennedy, que foi feito, pelo consenso das facções do poder profundo, perante os olhos do mundo, para demonstrar que o sacrifício ritual não foi feito por nenhum Marcus Junius Brutus, deixando claro que a família Kennedy não tinha aura imperial... tal como as outras famílias presidenciais que mais tarde residiram na Casa Branca.
A partir dessa cena trágica que nem o glorificado Shakespeare teria imaginado para o seu teatro, os sucessivos presidentes tiveram o triste desfecho fresco nas suas mentes através do processo de memorialização.
Nem o próprio Trump conseguiu escapar a esse medo e, a fortiori, tem uma espada sobre a cabeça, apesar de não ser nenhum JFK, e muito menos encarnar um Dâmocles.
É por isso que a investigação federal contra um antigo diretor do FBI por encorajar o assassinato de Trump não é um incidente isolado, cooperando com a atmosfera de assassinato que está a ser projectada, em parte por impotência, e que transcende as meras disputas políticas.
Fonte: https://geopoliticarugiente.com/2025/05/28/el-temor-que-tienen-los-presidentes-estadounidenses/