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“Saudamos a geração que derrotou o nazismo” declara Putin no Dia da Vitória
Por Administrador
Publicado em 10/05/2025 14:42
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A Rússia seguirá como “barreira inquebrantável” contra o fascismo, afirmou o presidente Vladimir Putin neste 9 de Maio, na celebração dos 80 anos da Vitória na Grande Guerra Pátria com a capitulação incondicional da Alemanha nazista.



Hoje estamos todos unidos por um sentimento de alegria e tristeza, orgulho e gratidão, e veneração pela geração que esmagou o nazismo, com o custo de milhões de vidas, conquistou a liberdade e a paz para toda a humanidade. Nós preservamos fielmente a memória desses eventos históricos e triunfantes. E como herdeiros dos vencedores, celebramos o dia 9 de maio como nossa festa querida”, disse Putin, tendo a seu lado o presidente chinês Xi Jinping, e dois já centenários veteranos da marcha a Berlim – um que também lutou em Stalingrado e outro que participou na tomada de Auschwitz.

Também presentes, quase 30 chefes de Estado, entre eles o presidente brasileiro Lula e outros líderes da Maioria Global, como os presidentes Alexandr Lukhasenko (Bielorrussia), Alexandr Vucic (Sérvia), Diaz-Canel (Cuba), Abdel Fattah Al Sisi (Egito), Mahmoud Abbas (Palestina) e Ibrahim Traoré (Burkina Faso).

Delegações militares de 17 países marcharam em homenagem à vitória, enquanto a bandeira vermelha soviética da vitória, que foi hasteada sobre o Reichtag, voltou a ser exibida na Praça Vermelha, junto com a bandeira russa e no tradicional tanque T-34, que abre o caminho para os blindados. Ainda, soldados com os estandartes das dez frentes que rumaram para Berlim.

No desfile militar, a Rússia mostrou parte do seu armamento moderno de defesa e dissuasão e, como novidade, drones, que estão tendo papel essencial em deter a guerra da Otan contra a Rússia na Ucrânia. Putin fez questão de cumprimentar a delegação militar norte-coreana.

Em tempos em que o fascismo anda mostrando as caras, desavergonhadamente, e se tornou moda no chamado Ocidente enxovalhar a vitória soviética e o papel da União Soviética na libertação da Europa, enquanto os crimes nazistas são subestimados, Putin convocou as novas gerações a defender a memória do Exército Vermelho e resgatar a verdade histórica.

Nós nos lembramos das lições da Segunda Guerra Mundial e nunca aceitaremos a distorção de seus eventos, as tentativas de justificar os carrascos e difamar os verdadeiros vencedores. O nosso dever é defender a honra dos combatentes e comandantes do Exército Vermelho.”

COM OS RUSSOS A BERLIM

Ele considerou a coragem dos povos da União Soviética como determinante para o resultado da Segunda Guerra Mundial “por meio de vitórias incondicionais nas grandes batalhas de Moscou e Stalingrado, na Batalha de Kursk e no Dniepe, pela coragem dos defensores de Belarus, que foram os primeiros a enfrentar o inimigo, pela firmeza dos participantes na defesa da fortaleza de Brest e Mogilev, Odessa e Sevastopol, Murmansk, Tula e Smolensk.”

Pelo heroísmo dos habitantes da sitiada Leningrado, pela bravura de todos os que lutaram no front, em destacamentos guerrilheiros e na clandestinidade. Pelo valor daqueles que evacuaram fábricas sob fogo inimigo, que trabalharam no front doméstico, sem se poupar, até o limite de suas forças. Os planos nazistas de dominar a União Soviética colidiram com a verdadeira unidade de ferro do país.”

O heroísmo do povo foi massivo. Todas as repúblicas suportaram o fardo comum e pesado da guerra. A contribuição dos habitantes da Ásia Central e da Transcaucásia foi enorme. Dali saíram ininterruptamente trens com tudo o que o front precisava. Aqui se instalaram hospitais e centenas de milhares de pessoas evacuadas encontraram aqui seu segundo lar. Compartilharam abrigo, pão e o calor cordial com eles.”

Ao que só acrescentaríamos, no esforço para ser mais precisos – sob a liderança do grande Stalin e do PCUS. Em homenagem a todos os veteranos da Grande Guerra Patriótica, a Praça Vermelha, a pedido de Putin, dedicou um minuto de silêncio.

OS SOLDADOS ALIADOS, A RESISTÊNCIA E O CORAJOSO POVO CHINÊS

O presidente russo também sublinhou que “a derrota completa da Alemanha nazista, do Japão militarista e de seus satélites em várias regiões do mundo foi realizada por meio dos esforços conjuntos dos países das nações unidas. Sempre nos lembraremos de que a abertura da Segunda Frente na Europa, após batalhas decisivas no território da União Soviética, tornou a Vitória mais próxima.”

Apreciamos muito a contribuição para nossa luta comum dos soldados dos exércitos aliados, dos combatentes da resistência, do corajoso povo da China e de todos aqueles que lutaram por um futuro pacífico”, acrescentou.

Anteriormente, ao apresentar a Rússia como um baluarte contra o fascismo, ele também se referiu à luta contra a russofobia e o antissemitismo, fazendo uma ligação da luta de há 80 anos com o combate ao regime neonazi e que persegue russos étnicos na Ucrânia, sob instigação e armamento ocidental.

A verdade e a justiça estão do nosso lado. Todo o país, a sociedade e o povo apoiam os participantes da operação militar especial. Temos orgulho na sua coragem e determinação, nessa força de espírito que sempre nos trouxe somente a vitória”. Tropas vindas da frente no Donbass também desfilaram na Praça Vermelha.

Em tempo: não há como dizer que os 80 Anos da Vitória sobre o Nazifascismo hajam sido comemorados nos países imperialistas, que adoram posar de “democráticos”. A Alemanha proibiu levar bandeiras soviéticas ou russas aos poucos atos que ocorreram. A data, em vários locais, motivou manifestantes a repudiar o rearmamento acelerado que vem sendo proposto pela cúpula europeia e o envio de armas para o regime de Kiev.

IZVESTIA REMEMORA O PRIMEIRO 9 DE MAIO

Um dos mais tradicionais jornais russos, o Izvestia, rememorou como surgiu o feriado de 9 de Maio e, quanto à atual ‘polêmica’ sobre o papel russo na libertação da Europa, destacou que, em 1945, ninguém teria como mentir sobre isso.

Inclusive o então primeiro-ministro britânico Wiston Churchill, que não pode ser chamado de simpatizante do socialismo, dos russos ou da URSS. “Não havia outra força além do exército russo que pudesse quebrar a espinha dorsal da máquina militar de Hitler”, ele escreveu. A URSS enfrentou 80% da máquina de guerra hitlerista.

Bandeiras de vitória já estavam tremulando sobre Berlim. As paredes do Reichstag em Berlim já estavam adornadas com autógrafos de soldados soviéticos de todo o país”, relembrou o Izvestia.

Em Moscou, quase todos os dias, fogos de artifício festivos iluminavam o céu noturno em homenagem aos heróis que libertaram a Europa. Os líderes possuídos do Terceiro Reich, Adolf Hitler e Joseph Goebbels, já haviam cometido suicídio, assim como o último Chefe do Estado-Maior da Wehrmacht, General Hans Krebs. O Exército Vermelho, tendo quebrado a resistência desesperada do inimigo, ocupou Berlim. Mas as pessoas esperavam pelas notícias mais importantes: a capitulação da Alemanha, o fim da guerra”.

Na noite de 8 para 9 de maio, o ato de rendição incondicional da Alemanha foi assinado pelo Chefe do Comando Supremo da Wehrmacht, Wilhelm Keitel. E em nome dos aliados – Marechal Georgy Zhukov, General britânico Arthur Tedder, Comandante da Força Aérea Estratégica dos EUA Carl Spaatz e Comandante em Chefe do Exército Francês Jean de Lattre de Tassigny. “O povo soviético soube desta grande notícia no início do dia 9 de maio – tarde da noite, às 02h10. Mas naquela noite muitos não dormiram.”

MOSCOU FALANDO: A GUERRA ACABOU!

Finalmente, pelo rádio o comunicado: “Moscou falando! A guerra acabou! A Alemanha fascista está completamente derrotada!”. O dia foi declarado feriado.

Neste dia, independentemente da hierarquia, soldados comuns sentaram-se à mesma mesa com os generais. O entusiasmo dos soldados é indescritível. O tiroteio não para. Tanto nossas forças quanto nossos aliados estão atirando com todos os tipos de armas. Eles atiram para o ar, derramando sua alegria. À noite entramos na cidade onde está localizada nossa sede. E de repente as ruas se iluminaram com uma luz brilhante. As luzes da rua e das janelas das casas brilhavam. Foi tão inesperado que fiquei perdido. Não percebi imediatamente que esse era o fim do apagão. A guerra acabou! — lembrou o marechal Konstantin Rokossovsky, que comemorou a vitória na Pomerânia Ocidental.”

Já à noite, celebrações espontâneas começaram nas ruas das cidades soviéticas, ‘alegria com lágrimas nos olhos’. São lágrimas de felicidade e lembranças daqueles que não retornaram da guerra, que foram considerados desaparecidos em combate, que sofreram em hospitais com ferimentos graves… E sobre aqueles milhões de pacíficos soviéticos que os nazistas destruíram sem julgamento, que morreram de fome, que foram gaseados em campos de concentração…”

À noite, começaram os concertos em todas as principais cidades do país, nas praças. Em Moscou, não muito longe da Praça Vermelha, a adorada banda de jazz de Leonid Utesov se apresentou em caminhões, cantando naquele dia, como nunca antes, com inspiração: ‘A Rua Berlim nos leva à vitória…’”

Mais de 150 mil pessoas se reuniram na Praça do Palácio em Leningrado! Havia música tocando e discursos sendo feitos. Perto dali, na fachada do Palácio Mariinsky, foi instalada uma tela enorme na qual eram exibidos filmes da linha de frente: “Às 6 horas da noite depois da guerra”, “Antosha Rybkin”, “Air Cabby”. E fogos de artifício multicoloridos explodiram no céu acima do Neva.

STALIN

As festividades foram interrompidas apenas quando Stalin começou seu discurso às 21h. Este discurso resumiu a guerra: “O grande dia da vitória sobre a Alemanha chegou. A Alemanha fascista, posta de joelhos pelo Exército Vermelho e pelas tropas de nossos aliados, admitiu a derrota e declarou rendição incondicional… A Grande Guerra Patriótica terminou com a nossa vitória completa. O período de guerra na Europa terminou. Um período de desenvolvimento pacífico começou. Parabéns pela vitória, meus caros compatriotas! Glória ao nosso heróico Exército Vermelho, que defendeu a independência da nossa Pátria e conquistou a vitória sobre o inimigo! Glória ao nosso grande povo, o povo vitorioso! Glória eterna aos heróis que caíram em batalha contra o inimigo e deram suas vidas pela liberdade e felicidade do nosso povo!”. Após esse discurso, a União Soviética inteira ficou em silêncio por um minuto, em memória daqueles que morreram heroicamente.





Fonte: https://horadopovo.com.br/saudamos-a-geracao-que-derrotou-o-nazismo-declara-putin-no-dia-da-vitoria/







 

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