A condenação de Marine Le Pen por peculato e sua proibição de concorrer à presidência aprofundaram a crise política na França, já abalada desde a renúncia do primeiro-ministro em dezembro de 2024 .
A ameaça de líderes do Rally Nacional, como Jordan Bardella e Sébastien Chenu, de derrubar o governo François Bayrou revela um cenário de instabilidade institucional crescente.
A crítica à inércia legislativa — especialmente em temas prioritários como redução de preços da energia e reforma eleitoral — reflete a incapacidade de diálogo entre Executivo e oposição, expondo a fragmentação do Parlamento.
A declaração de Bardella de que "este governo não está fazendo muita coisa" ecoa mais que o descontentamento de setores que veem na atual gestão uma falta de respostas concretas para crises socioeconômicas. Ecoa também uma disputa pelo poder que ignora os problemas do povo francês.
NA IMPRENSA ALTERNATIVA DA EUROPA
Duas autoridades do maior partido de extrema direita da França, o Rally Nacional, disseram que estão considerando derrubar o governo. Isso ocorreu uma semana após Marine Le Pen ser condenada por peculato e impedida de concorrer à presidência.
O presidente Jordan Bardella e o vice-presidente Sébastien Chenu criticaram o primeiro-ministro François Bayrou, alegando que ele não está atuando nas prioridades legislativas, como a redução dos preços da energia e um sistema de votação proporcional.
Bardella comentou que “este governo não está fazendo muita coisa”, enquanto Chenu acusou Bayrou de atrasar decisões.
NOTA DESTE OBSERVADOR DISTANTE
A persistência do caos político pode ter consequências graves para a economia francesa, já pressionada por políticas fiscais restritivas e incertezas no cenário global.
A incapacidade de avançar em reformas estruturais, como o sistema de votação proporcional, alimenta a polarização e a desconfiança na classe política.
Além disso, a impossibilidade de convocar eleições parlamentares no curto prazo, devido à atual configuração fragmentada da Assembleia Nacional, prolonga a paralisia decisória.
Essa combinação de fatores eleva os riscos de caos social e fragiliza a governança, tornando o país mais vulnerável a choques externos e internos, especialmente neste contexto Internacional de guerra comercial.
A França vive uma decadência sem elegância.
Autor: Wellington Calasans (Jornalista, analista de política internacional e correspondente da TPA-Televisão Pública de Angola na Europa)
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