Yoon Suk-yeol é investigado por insurreição e abuso de poder por ter decretado lei marcial, enquanto o Parlamento aprova seu impeachment.

O presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, não compareceu ao Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO) na quarta-feira, desconsiderando uma intimação para ser questionado sobre a implementação da lei marcial no país em 3 de dezembro, informou o The Guardian.

O mandatário suspenso foi convocado pelo CIO para um interrogatório sobre acusações de insurreição e abuso de poder.

A equipe jurídica de Yoon afirmou na terça-feira que ele não havia cometido insurreição e prometeu combater a acusação no tribunal, conforme relatado pela agência de notícias Yonhap.

O CIO indicou esta semana que uma intimação foi enviada a Yoon, mas foi retornada "sem ter sido entregue", após uma pessoa não identificada no gabinete presidencial se recusar a aceitá-la.

O não comparecimento de Yoon na quarta-feira "será considerado como uma falha no cumprimento da primeira intimação", disse um comunicado do CIO.

Yoon está sendo investigado por promotores sul-coreanos, bem como por uma equipe conjunta da Polícia, do Ministério da Defesa e de investigadores anticorrupção.

Segundo relatos, o presidente suspenso e alguns membros de seu círculo íntimo podem ser condenados à prisão perpétua ou até mesmo à pena de morte, caso sejam considerados culpados. Yoon permanece sob uma proibição de viagens internacionais.

O advogado de Yoon, por sua vez, informou que o presidente suspenso não tem intenção de comparecer à agência.

Impeachment de Yoon Suk-yeol

O Parlamento da Coreia do Sul votou no último sábado pelo impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, conforme noticiou a agência Yonhap.

Foram 204 deputados a favor da moção, enquanto 85 votaram contra. O presidente será suspenso do cargo enquanto o Tribunal Constitucional toma a decisão final. Durante esse processo, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume a presidência interina.

Fonte: https://rtbrasil.com/noticias/8235-presidente-suspenso-coreia-sul-comparece/