O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, revelou que os EUA e a UE forneceram mais de 300 mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde o início da guerra.
Em entrevista à estação de rádio local Kossuth, na sexta-feira, o primeiro-ministro húngaro argumentou que esta grande quantidade de dinheiro “poderia ter feito maravilhas” se tivesse sido gasta para melhorar a vida das pessoas na União Europeia (UE), para desenvolver os países dos Balcãs Ocidentais ao nível da UE ou para reforçar as capacidades militares.
Orbán também fez um balanço da situação, referindo que “o equilíbrio de poder na frente está a mudar de dia para dia” a favor da Rússia. Orbán também destacou as mudanças políticas esperadas nos Estados Unidos após o regresso de Donald Trump à Casa Branca no próximo mês.
Na sua opinião, estes desenvolvimentos exigem uma abordagem mais pragmática por parte dos líderes da UE para garantir a estabilidade e a resiliência económica na UE. Neste contexto, o primeiro-ministro húngaro denunciou que Bruxelas continua desligada das realidades globais e referiu-se à recente decisão do Parlamento Europeu (PE) de continuar a enviar fundos substanciais para Kiev, descrevendo-a como um exemplo claro de prioridades desajustadas.
“Durante as negociações com os americanos, recebi a informação de que a Europa e os Estados Unidos da América, em conjunto, gastaram até agora 310 mil milhões de euros. São números enormes”, sublinhou.
No início deste mês, Orbán propôs um cessar-fogo de Natal entre a Ucrânia e a Rússia, descrevendo-o como uma tentativa desesperada de mediar uma solução diplomática para o conflito. Apresentou a ideia a Kiev e Moscovo, bem como a Trump, com quem se encontrou pessoalmente na sua residência na Florida.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscovo “apoia totalmente os esforços de Orbán para encontrar uma solução pacífica e resolver as questões humanitárias relacionadas com a troca de prisioneiros”. No entanto, o Presidente ucraniano Vladimir Zelenski rejeitou a proposta de Budapeste.
Após o início da operação especial da Rússia contra a Ucrânia, para além da pressão económica sobre Moscovo, os países ocidentais colocaram na sua agenda um amplo apoio político, financeiro e de armamento a Kiev.
Fonte: https://www.hispantv.com/noticias/europa/606898/eeuu-europa-millones-dolares-ayuda-ucrania