Começou hoje, em Luanda, o 8º Congresso Extraordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), centrado na análise do seu papel nos quase 50 anos de independência e nas suas projecções futuras.

Delegações de várias províncias e de comunidades estrangeiras, como Portugal, Holanda, Bélgica, Áustria e Suécia, chegaram à capital na semana passada para participar no conclave, que não renovará mandatos.

Este foi um dos assuntos que gerou maior expetativa, já que desde o anúncio do encontro, outros partidos políticos apontaram tratar-se de uma manobra com vista às próximas eleições presidenciais.

O presidente do MPLA, João Lourenço, já disse várias vezes que este congresso não é eletivo e tem como único objetivo fazer um balanço dos 50 anos de independência nacional.

No entanto, vai avaliar algumas propostas de alteração aos estatutos do MPLA, o que não é invulgar, segundo João Lourenço, que explicou que na história do partido houve sete congressos extraordinários e em cinco deles foram feitos ajustes a esses documentos diretivos.

As alterações propostas geraram, no entanto, um requerimento ao Tribunal Constitucional pedindo a suspensão do conclave.

O militante do MPLA António Francisco Venâncio pretendia que o tribunal impedisse a realização do congresso e, com ele, a eventual alteração dos estatutos numa formulação que impedisse a livre concorrência como candidato à Presidência da República em nome do partido político.

Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional anunciou a rejeição do pedido, uma vez que não foram apresentadas provas que sustentassem as alegações.

Estava assim aberto o caminho para o congresso extraordinário que se realiza esta segunda-feira no Centro de Conferências de Belas, inicialmente previsto para os dias 6 e 7 deste mês, mas que foi adiado por “razões técnicas e materiais”.

Fonte: https://www.prensa-latina.cu/2024/12/16/comienza-congreso-extraordinario-de-mayor-partido-de-angola/