Um historiador israelita revela que um grande número de sionistas abandonou a Palestina ocupada após a Operação Tempestade de Al-Aqsa.
Ilan Pappe, um famoso historiador israelita, disse durante o simpósio “A Palestina perante os desafios do século XXI”, organizado na sexta-feira pela Fundação Casa Árabe em Espanha, que cerca de 700.000 israelitas deixaram os territórios ocupados desde 7 de outubro de 2023.
“Muitos israelitas deixaram Israel.... Não temos os números oficiais porque, naturalmente, o gabinete de estatísticas não os revela. Mas temos as nossas fontes e acreditamos que cerca de 700.000 é um número muito próximo da realidade”, sublinhou.
O ensaísta e professor de História na Universidade de Exeter, no Reino Unido, afirmou que uma das razões para tal é o facto de existirem muitos israelitas que não acreditam que a entidade sionista possa concretizar o sonho de se tornar uma força regional poderosa, apesar de as autoridades israelitas verem a guerra em Gaza como “uma oportunidade histórica” para eliminar a Palestina como país e os palestinianos como povo.
Os resultados de uma sondagem recente realizada pelo Centro Sionista de Estudos de Segurança Interna mostram que 82,5% dos israelitas consideram que não existem condições de segurança para que os residentes das zonas do norte da Palestina ocupada regressem às suas casas.
Israel lançou uma guerra devastadora contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro e, apesar de todos estes crimes, o regime sionista admitiu que ainda não conseguiu atingir os objectivos desta guerra, que é destruir o Movimento de Resistência Islâmica Palestiniana (HAMAS) e fazer regressar os prisioneiros da Faixa de Gaza.
Passaram dezoito meses desde a guerra em Gaza e os combates prosseguem também no norte dos territórios ocupados com o Movimento de Resistência Islâmica Libanesa (Hezbollah), que, após o assassinato dos seus dirigentes, conseguiu alargar a guerra à cidade de Telavive. Não só o regime não conseguiu fazer regressar 120.000 colonos israelitas às suas casas no Norte, como hoje os habitantes de Haifa e Telavive acordam todos os dias ao som das sirenes de alarme activadas pelos ataques aéreos do Eixo da Resistência.
A imprensa israelita noticiou no domingo que o Hezbollah libanês disparou mais de 150 rockets e 5 drones contra alvos do regime nos territórios ocupados.
Drédito da foto:
Fonte: https://www.hispantv.com/noticias/asia-occidental/604924/700-000-sionistas-salen-palestina