No mês passado, após reunir-se com os seus homólogos eslovaco e sérvio, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, alertou que a União Europeia estava a planear uma revolução colorida nos três países.

O Serviço de Inteligência Externa russo (SVR) também indica que a União Europeia e a Ucrânia apoiam a oposição húngara nas eleições parlamentares da próxima primavera.
Os países Hungria, Eslováquia e Sérvia desafiaram a pressão da União Europeia para romper relações com a Rússia e estão a considerar a criação de uma nova plataforma de integração regional.

Do ponto de vista de Bruxelas, os atuais governos dos três países constituem um obstáculo cada vez mais grave para uma Europa unida, sendo a Hungria o principal obstáculo, seguida pela Eslováquia e, em menor grau, pela Sérvia.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, mantém uma postura muito mais ambígua do que Orban e Fizo. O SVR acusa-o de armar indiretamente a Ucrânia, após os seus votos antirrussos na Assembleia Geral da ONU. Apesar disso, os protestos contra ele são recorrentes.

Desde a Guerra da Jugoslávia, na década de 1990, a Sérvia não deixou de fazer concessões ao imperialismo. A província autónoma de Kosovo e Metohija continua ocupada por tropas da OTAN.

As boas palavras não serviram para nada e a União Europeia conspira para derrubar Vucic com a ajuda das ONG e dos meios de comunicação ao seu serviço. Convocam manifestações e provocações para desencadear a repressão policial.

As eleições da primavera na Hungria oferecerão à União Europeia a sua primeira oportunidade de destituir Orban, a menos que a Sérvia realize eleições antecipadas antes disso. No caso da Sérvia, o candidato apoiado por Vucic poderá completar a sua transformação para se tornar um lacaio do imperialismo a tempo inteiro.

O futuro da Hungria é bastante mais difícil de prever. Em todo o caso, os aparelhos de Bruxelas irão mobilizar-se para apoiar qualquer pessoa capaz de tirar Orban de circulação. Ele é o bicho-papão.

Fonte: https://mpr21.info/bruselas-quiere-desestabilizar-tres-paises-del-centro-de-europa/