O Conselho Mundial da Paz (CMP), uma organização histórica formada em 1949, que vela pela convivência pacífica, condena a escalada violenta dos Estados Unidos da América contra a Venezuela ao posicionar no mar do Caribe, perto do limite com a nação Bolivariana, navios de guerra entre os quais se prevê que se inclua um submarino nuclear.
A deslocação de navios de guerra contra Caracas foi feita pelo Pentágono, com o "objetivo claro de interferência ou intervenção", alerta a ONG num comunicado divulgado nas redes digitais.
O CMP alerta, além disso, que esta "nova e grave escalada da atividade militar norte-americana" chega "após anos de sanções económicas e de estrangulamento contra o povo venezuelano".
Além disso, o organismo refere que sempre se opôs a este tipo de ameaças por parte de Washington, avançadas que antecedem golpes militares na América Latina.
Por sua vez, o CMP condena a criminalização contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem os EUA tenta vincular com o inexistente Cartaz dos Sóis, uma suposto grupo que se dedica ao tráfico de drogas; e, ao mesmo tempo, para a desarticulada quadrilha Trem de Aragua.
Por isso, a ONG exige o "cessação imediata das ameaças de guerra dos EUA contra a Venezuela e a retirada das forças armadas da região", ao mesmo tempo que expressa a sua solidariedade ao povo venezuelano.
Histórias sem sustentação
Depois de reafirmar o chavismo como a principal força política em processos eleitorais, num período de um ano, e de registrar um crescimento econômico sustentado em 17 trimestres consecutivos, EUA anunciou o seu ataque multiforme contra a Venezuela.
Agora, a partir da Casa Branca ativam velhas narrativas que tentam associar Maduro com o tráfico de drogas. Não obstante, os relatórios internacionais sobre a matéria rebatem os relatos.
Um exemplo disso é o Relatório Mundial sobre Drogas 2025 emitido pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), o que consolida a Venezuela como um país livre de tráfico de drogas, situação que contrasta com a Colômbia, Estado que recebeu o apoio histórico EUA para supostamente "combater" o crime sem avanço algum.
A ONU relata no seu texto que 87% da droga que ocorre na Colômbia (aproximadamente 1.845 toneladas) vai para os Estados Unidos —principal país consumidor— pela via do Pacífico e Caribe.
A instância internacional relata, ainda, que 8% de narcóticos da nação neogranadina é exportado pela região de la Guajira colombiana e apenas 5% (106 toneladas) das substâncias processadas na nação neogranadina tenta sair pela Venezuela.
Números oficiais do Ministério do Interior, Justiça e Paz alegam que, à data, as autoridades desse país apreenderam 52 toneladas desse total, o que representa quase 50% do que o estimado.
Fonte: www.almaplus.tv