40 eurodeputados instam a Comissão Europeia (CE) a sancionar as autoridades israelitas e a congelar os acordos comerciais com o regime sionista.
Na carta, os deputados de 15 Estados-Membros da União Europeia (UE) insistem na necessidade de responsabilizar o gabinete israelita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por acções que violam gravemente as Convenções de Genebra e o direito humanitário internacional.
Os signatários alertam que “meras palavras de condenação são insuficientes” e exigem uma reação mais forte do bloco europeu aos crimes de Israel em Gaza, onde vidas palestinianas estão em risco.
“O tempo da cobardia moral acabou”, sublinha a declaração, apoiada por eurodeputados de 14 países da UE e seis blocos políticos, da esquerda ao Partido Popular Europeu (PPE, direita).
O grupo apela à CE para que tome medidas concretas, como as sanções já adoptadas por países como o Reino Unido, a Noruega e os Países Baixos, que restringiram a entrada nos seus territórios dos ministros israelitas de extrema-direita Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich.
O PE apela ainda à suspensão do Acordo de Associação UE-Israel, que entrou em vigor em 2000 e concede ao regime de Telavive privilégios comerciais e acesso a alguns programas financeiros europeus.
O eurodeputado sueco Evin Incir disse à agência noticiosa francesa Euronews que os legisladores expressaram a sua preocupação à Comissão Europeia e aos Estados-Membros do bloco, instando-os a responder de forma mais decisiva à atual crise humanitária.
A declaração surge depois de a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), um organismo de vigilância global que monitoriza a fome com o apoio dos governos e da Organização das Nações Unidas (ONU), ter afirmado que existem “provas crescentes de que a fome generalizada, a subnutrição e as doenças estão a levar a um aumento das mortes por fome” no território sitiado.
No sábado, o Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza emitiu um alerta para uma catástrofe humanitária sem precedentes, especificando que mais de 100 000 crianças, incluindo 40 000 bebés, correm o risco de morrer de fome devido ao bloqueio à entrada de ajuda humanitária, principalmente alimentos, desde março passado.
Fonte e crédito da foto:
https://www.hispantv.com/noticias/europa/618853/40-eurodiputados-exigen-sanciones-contra-funcionarios-israelies