“Exigimos que os Estados Unidos ponham fim à sua cumplicidade com Israel através da proteção que proporcionam através do uso recorrente do veto, da inação, da paralisia ou da implementação selectiva das resoluções do Conselho de Segurança sobre a questão palestiniana, que só alimentam a impunidade”, disse Joaquín Pérez, Representante Permanente Suplente da Venezuela junto das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (ontem).
Durante a sessão plenária intitulada “A Resolução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados”, durante a Conferência Internacional de Alto Nível patrocinada pela ONU, o diplomata afirmou a posição firme dos países a favor do reconhecimento internacional do Estado da Palestina, com as fronteiras anteriores a 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital, informou o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, em suas redes sociais.
Num testemunho em vídeo, e falando em nome do Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas, Joaquín Pérez sublinhou a necessidade de tomar medidas concretas para acabar com a colonização, a ocupação e a violência sistemática contra o povo palestiniano, com o objetivo de garantir a paz através da justiça.
Durante a sua intervenção, Joaquín Pérez sublinhou ainda quatro pontos essenciais para que a ONU imponha a paz e a justiça no Médio Oriente, de forma a resolver uma questão que continua a representar “uma mancha profunda na consciência da comunidade internacional e na própria credibilidade do sistema internacional”:
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Primeiro: Paz através da justiça, não da força. Não pode haver passos sustentáveis sem justiça, o que exige o pleno respeito e a aplicação do direito internacional, bem como o fim da impunidade e da responsabilização de Israel.
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Segundo: a soberania palestiniana e o seu direito à autodeterminação, pelo que não pode ser tolerada qualquer tentativa de alterar o carácter demográfico ou territorial do território palestiniano ocupado, incluindo todas as medidas unilaterais e ilegais destinadas a criar colonatos ilegais, deslocações forçadas e planos militares.
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Terceiro: Narrativas de paz, dignidade e coexistência. É urgente adotar medidas diplomáticas que rejeitem a exclusão, a discriminação, a desigualdade, a intolerância e a supremacia.
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Quarto: Responsabilidade e ação internacional. Por esta ordem, o Conselho de Segurança deve atuar no sentido de exercer plenamente as suas responsabilidades para enfrentar a crise atual e resolver este conflito de uma vez por todas.
Por último, reiterou que a ONU deve exigir que o governo dos Estados Unidos da América (EUA) respeite a vida e o direito internacional e deixe de fornecer armas e recursos económicos que perpetuam a ocupação ilegal da Palestina.
Fonte e créditoda foto: https://www.correodelorinoco.gob.ve/venezuela-exige-ante-onu-que-ee-uu-cese-complicidad-en-genocidio-de-israel-en-gaza/