O sistema económico capitalista na medida em que se torna mais competitivo, maior é o caos e o seu declinio.
As crises económicas há escala mundial sucedem-se a um ritmo cada vez maior, como mais profundas.
A competitividade entre os países e os grandes grupos e blocos económicos aumenta avassaladoramente como resultado das contradições que entre si provocam, o caos, a miséria e a guerra que em várias partes do mundo seifam milhões de vidas.
Destroem-se milhões de forças produtivas, os trabalhadores são as primeiras vitimas dessa situação, sem qualquer apoio social, a fome e a guerra que alastra obriga a emigrar e a colocar as suas vidas e de suas famílias em perigo constante, ora pelas máfias de tráfico humano que os canaliza e coloca ao serviço da classe capitalista como mão de obra barata e descartável a qualquer momento, ora âs condições agrestes da própria natureza que não os poupa nas suas deslocações.
A tendência de agravamento da crise económica, da guerra com milhões de mortos, e de caos não é apenas observada por nós, mas também pelos vários observatórios civis, pelas instituições financeiras imperialistas tais como: O Banco Mundial, o FMI, a OCDE, o BCE, OMC bem como pelo Banco de Portugal e C.F.P. que o afirmam ao contrário das profecias de crescimento produzidas pelo governo como demonstra os vários sectores exportadores. Tais como os "texteis, o calçado, o sector automóvel, que estão a ser afectados e a reduzir a produção e mesmo algumas empresas a encerrar, o turismo, na medida em que a economia se afunde e as pessoas tenham menos possibilidades de viajar será o próximo a começar a cair. Aliás os representantes dos emprendedores do turismo, já fazem essa análise há muito e em nome do que possa vir a suceder, não perdem tempo e já começam a fazer fila junto do governo, para novos apoios financeiros para o sector.
A acrescentar a tais previsões temos ainda as contribuições em milhares de milhões de euros para o rearmamento europeu, como para as novas imposições de subida da contribuição para a NATO que só este ano custou ao povo trabalhador, na medida em que só ele trabalha e produz riqueza "uma carga de mais 4,7 mil milhões de euros que irá ser acumulada no período de 2026 a 2029" segundo o CFP. Com o aumento para 2% do PIB, como prometeu e se possível antecipar Luís Montenegro ao Secretário Geral da NATO na sua vinda recente a Lisboa prevê-se que a carga aumente para próximo ou mais de seis mil milhões de euros.
A divida pública contraida para salvaguardar os interesses da burguesia, ao longo dos ultimos 49 anos de regime novembrista, apesar de estar abaixo dos 100% do PIB, não só continua a subir, como o seu pagamento envolve milhares de milhões de euros todos os anos, se a esta incorporarmos a divida privada que é bem mais alta duas vezes e meia e que em caso de pior situação poder colocar o incumprimento por parte dos seus devedores em causa, tal como aconteceu com os bancos que foram assaltados e o povo a ter que se chegar à frente para os salvar e com isso salvar também o interesse dos seus accionistas e clientes, se a coisa piorar e caso o povo se sujeite é bem possível que seja assaltado novamente.
O que quer dizer que efectivamente como diz a nova dita Aliança Democrática alargada ou não, ainda mais à direita ou seja ao ultra conservador IL e ao bando criminoso fascista Chega, "que não se pode dar tudo a todos" não quer isto dizer, que não dê mesmo nada, mas a dar apenas o minimo, para cumprir a promessa, e assim criar as condições de estabilidade politica para cumprir o programa que os ditames da UE impõe, bem como mais apoios financeiros que a burguesia indigena exige constantemente a incorporar aos (dez mil milhões de euros) que já lá moram. Daí que as suas prioridades no sentido de salvaguadar os interesses da burguesia sejam as questões centrais do seu programa imediato e médio alcance. 2011 a 2015 no governo de Pedro Passos Coelho/P.Portas, PSD/CDS as suas politicas reacionárias ao serviço da UE e dos grupos financeiros, não só empobreceram como ainda hoje tais politicas são responsáveis pela situação de pobreza em que se encontra quase metade da população, obrigando perto de milhão e meio de trabalhadores a ter que emigrar para escapar à falta de trabalho e à miséria.
Tal como de 2011 a 2015 no governo de Pedro Passos Coelho/P.Portas, PSD/CDS as suas politicas reacionárias ao serviço da UE e dos grupos financeiros, não só empobreceram e destruiram conquistas sciais e laborais bem como na sua maioria as suas repercussões são responsáveis pela situação de pobreza e miséria em que vive quase metade da população, obrigando ainda perto de milhão e meio de trabalhadores na sua maioria jovens a ter que emigrar para escapar à falta de trabalho, aos baixos salários e à miséria.
As ameaças e o programa que hoje apresentam não está longe, do que antes apresentaram.
Ou seja:
1 - Conter ao máximo o aumento dos salários e das reformas, flexibilizar ainda mais a Lei Laboral.
2 - Em nome da competitividade e do crescimento económico e de uma melhor redistribuição da riqueza pelos trabalhadores, continuar a baixar os impostos às empresas privadas.
3 - Rever a Constituição e limpá-la de qualquer interesse que não seja os interesses da classe capitalista.
4 - Continuar a desmantelar e a privatizar o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Caixa Geral de Depósitos.
5- A médio prazo a privatização dos fundos da Segurança Social. (para o qual já existe um grupo de estudo)
6 - Em nome da ilegalidade e do combate ao crime, expulsar dezenas de milhares de trabalhadores emigrantes, como se de criminosos se trata-se, quando as estatisticas oficiais confirmam precisamente o contrário, e quando na verdade são as várias alcateias legalizadas que incorporam dezenas ou centenas de RÚFIAS e ESCUMALHA FASCISTA, os verdadeiros criminosos.
7 - Permanência na UE e na NATO como ESTRATÉGIA ao serviço dos interesses da classe capitalista nacional e da burguesia imperialista europeia e americana.
8 - Manter a integração militar na NATO e aumento da sua contribuição financeira.
B - Apoio ao rearmamento europeu.
O PS não sendo exactamente igual ao PSD e o seu programa não ser tão reacionário nas questões sociais, nem tão radical quanto ao programa geral que une toda a reação conservadora e fascista, é no entanto um programa que defende os interesses capitalistas. Representando tais interesses é natural que se conclua caso ganhe as eleições que se conluia com os partidos ainda mais reacionários à sua direita, para os que ainda possam ter dúvidas e não se recordem, sublinhamos o facto de ter sido o principal responsável pelo actual regime Novembrista que liquidou a primavera social de Abril, como também a recente promessa não cumprida de não ser muleta do Governo Montenegro/ dita aliança democrática.
À esquerda do PS temos o "Livre" que é todo pela UE e pela NATO que se diz de esquerda, mas que na prática é mais um grupo liderado por um oportunista de alto calibre, a quem a burguesia sempre que pode da-lhe cobertura mediática para que possa procurar confundir e influênciar pessoas distraídas, honestas e possívelmente outros nem tanto...
O BE originário de correntes de esquerda pequeno burguesa radical, pelo que parece está em vias de esgotar a sua influência e o seu tempo, a sua lógica continua a centrar-se nas politicas identitárias, enquanto que as suas propostas laborais e sociais em vez de se centrarem no combate e no derrube da burguesia capitalista e do capitalismo, procura iludir os seus militantes, simpatizantes e votantes numa lógica reformista oportunista de que é possível humanizar o caos capitalista.
O PCP apesar de alguma divergência com o BE, no essencial defendem a mesma coisa, em vez de elevar a consciência do proletariado para a exigência das suas reivindicações imediatas e emancipação, as suas propostas económicas e politicas não ultrapassam os limites do quadro burguês Constitucional do sistema capitalista, as suas propostas sociais e laborais tal como o aumento dos salários, das pensões e dos direitos laborais são as mais avançadas e as que mais correspondem aos interesses imediatos da classe trabalhadora no actual quadro partidário eleitoral que por norma ficam sem consequência prática, na medida em que em vez de centrarem essas reivindicações na mobilização e radicalização da luta concreta, acabam por as submeter quase à prática exclusiva do quadro parlamentar e a sujeitar-se a mendigar à burguesia que as conceda, e o que ainda é pior, a aceitar todos os anos as propostas que os governos do capital impõem, em dita concertação social tudo isto em nome da responsabilidade e da estabilidade politica que só favorece os interesses da burguesia.
O que aí vem é a continuidade da ofensiva capitalista, do aumento da exploração, da perda de salário, (segundo dados do INE comparando o primeiro salario minimo de 1974 ao actual de 870 euros, este fica abaixo 50 euros) das pensões, dos direitos sociais e laborais como tem sido recorrente sempre que os negócios não corran de feição para os interesses capitalistas. O que quer dizer que só o elevar da consciência politica proletária em torno dos suas reivindicações imediatas, nos locais de trabalho, formando Comissões de Luta e UNINDO toda a classe trabalhadora em torno dessas reivindicações, como em 25 de Abril de 1974 é possível fazer recuar a ofensiva capitalista que desde Novembro nos esmaga, possamos recuperar e avançar para novas conquistas.
Sabendo que a direita conservadora da AD e seus congeneres da IL e do fascista Chega são o inimigo principal da classe operária e da maioria do conjunto das camadas sociais que compõem o proletariado, apelamos veementemente à classe trabalhadora e a todo o povo pobre que vote e que nem um voto caia nas mãos dos nossos algozes.
Marchar, marchar sem receio contra a exploração e contra a reação capitalista fascista!
Todos à luta!
Fonte: https://achispavermelha.blogspot.com/2025/05/apelamos-veementemente-classe.html?spref=fb&fbclid=IwY2xjawKV5G5leHRuA2FlbQIxMQBicmlkETFOWjdzaUplME94ejFwWGdRAR4PBu8JNn2cQQfZM5VMCsPov-89sWGZYcjzX329KMO2n31yzRSo25NtWbloLA_aem_jNKOYi-QnttRDMZIqt7vfQ