A Organização das Nações Unidas (ONU) sublinha que pelo menos 30 pessoas foram mortas pelos ataques aéreos israelitas contra uma escola em Al Bureij, que albergava duas mil pessoas no centro de Gaza.
O centro educacional, administrado pela ONU, sofreu graves danos que, somados a um incêndio causado pelos estilhaços, dificultaram a evacuação das vítimas, entre elas mulheres e crianças, enquanto as operações de busca e resgate continuam, pois várias pessoas permanecem desaparecidas.
A agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina, UNRWA, afirma que, segundo imagens de satélite analisadas pela ONU, mais de 400 escolas receberam impacto direto durante os bombardeios desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023.
Segundo o Serviço de Satélites da ONU, a guerra causou danos estruturais em mais de 95 por cento das escolas de Gaza, o que corrobora o dado, fornecido pela Unrwa, de que 501 instituições educacionais, das 564 existentes na Faixa, precisarão de reconstrução completa ou obras importantes de reabilitação para voltar a funcionar.
"Não há humanidade em Gaza, e não há humanidade enquanto o mundo continua dia após dia vendo famílias sendo bombardeadas, queimadas vivas e morrendo de fome", disse a agência.
Especialistas independentes em direitos humanos designados pela ONU alertam para consequências irreversíveis, porque o aumento das atrocidades no enclave costeiro «marca um ponto de inflexão moral crítico e exige uma ação internacional urgente».
"Enquanto os Estados discutem a terminologia -é ou não genocídio?- , Israel continua sua implacável destruição de vidas em Gaza", eles disseram, ao se referir aos ataques por terra, ar e mar, e o crescente número de mortes civis.
Enquanto isso, na Cisjordânia ocupada, as equipes de ajuda da ONU alertam sobre o agravamento das condições das comunidades palestinas devido à "violência das forças israelitas e dos colonos".
Israel começou na segunda-feira a demolição de seis casas, prejudicando 17 famílias no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarm, onde outros 100 edifícios serão demolidos, de acordo com um aviso israelita emitido no início de maio.
Diante do «forte impulso» para desarraigar os palestinos que vivem na zona, "que mais uma vez suscita preocupações sobre os riscos de um deslocamento forçado da população», o Escritório de Coordenação da Ajuda Humanitária da ONU enfatiza que, segundo o direito internacional, Israel, como potência ocupante, tem a responsabilidade de proteger os palestinos na Cisjordânia e garantir sua segurança e dignidade.
Crédito da foto: diario-octubre.com
Fonte: https://diario-octubre.com/2025/05/08/mas-muertes-por-ataque-israeli-contra-escuela-en-gaza-denuncia-onu/
