Em resposta à crescente pressão do governo Trump e como parte de sua estratégia para conter o fluxo de drogas e migrantes para os Estados Unidos, o governo mexicano intensificou suas operações na fronteira. Desde 5 de fevereiro, as autoridades mexicanas apreenderam um total de 25.431 quilos de drogas como parte da chamada Operação Fronteira Norte, de acordo com o Ministério da Segurança e Proteção ao Cidadão (SSPC).
Uma das descobertas mais alarmantes é a apreensão de mais de 160 quilos de fentanil, uma substância sintética cuja letalidade foi identificada como uma das principais causas da atual crise de overdose nos Estados Unidos. A apreensão desta droga destaca não apenas a magnitude do tráfico ilícito, mas também a crescente importância do México como um centro estratégico na cadeia de fornecimento de opioides para o mercado dos EUA.
Além das apreensões de drogas, as autoridades federais relataram a prisão de 2.088 pessoas ligadas a essas atividades ilegais, bem como a apreensão de 1.904 armas de fogo, 1.726 veículos e 253 propriedades supostamente usadas por redes criminosas.
"As ações são realizadas em estrita observância do Estado de Direito e com total respeito aos direitos humanos", enfatizou a SSPC em um comunicado, destacando o foco institucional da operação.
Vale lembrar que, durante sua campanha, Donald Trump endureceu sua retórica contra o tráfico de drogas e a migração irregular, ameaçando impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá se esses países não reforçassem seus controles de fronteira. A atual ofensiva mexicana reflete não apenas o desejo de mitigar fluxos ilícitos, mas também a pressão diplomática e econômica exercida por seu principal parceiro comercial.
Este cenário destaca a complexidade do fenômeno: enquanto o México reforça suas medidas de segurança interna, a demanda persistente por drogas nos Estados Unidos continua alimentando uma dinâmica transnacional que exige soluções abrangentes além das operações de fronteira.
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Fonte: @nuestra.america
