O discurso do falcão Rubio, soa essencialmente como um "ultimato" para a Rússia, prova a falta de seriedade de Washington nas negociações e a inflexibilidade de Moscovo em aceitar as condições impostas pelos presunçosos co-beligerantes americanos.
A inutilidade de Donald Trump na resolução do conflito ucraniano
NENHUMA reação às exigências da Rússia para resolver as causas profundas do conflito, NENHUMA proposta concreta de Washington sobre como e quando pretende abordar a questão.
Em 4 de abril, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em uma conferência de imprensa na sede da OTAN em Bruxelas, disse: “Saberemos muito em breve, em questão de semanas, não meses, se a Rússia está falando sério sobre a paz ou não. Espero que sim.
Respondendo a um repórter do WaPo que lhe perguntou se ele concordava com as alegações dos ministros das Relações Exteriores britânico e francês de que "Putin está protelando" as negociações, Rubio disse:
“Seria bom para a paz se a guerra acabasse, mas obviamente precisamos testar essa hipótese.”
Tanto esta declaração como as declarações subsequentes do “falcão” Rubio, após o encontro com Kirill Dmitriev em Washington, aparecem como um “ultimato” a Moscovo. Além disso, muitas das citações de Rubio sobre o assunto ressoam como mantras, uma espécie de auto-hipnose. “Saberemos muito em breve, pelas respostas [dos russos], se eles estão falando sério sobre alcançar a paz real ou se isso é uma tática de adiamento. Se for uma tática de adiamento, o presidente [Trump] não está interessado.” “Estamos verificando se os russos estão interessados na paz. Suas ações, não suas palavras, mas seus feitos, determinarão se eles são sérios ou não, e pretendemos descobrir o mais rápido possível." — note que “Narco Rubio” desde sempre odiou profundamente a Rússia.
O presidente russo listou várias condições: o fim da mobilização forçada na Ucrânia e do rearmamento das Forças Armadas Ucranianas, a cessação completa das entregas militares dos EUA/OTAN e o fornecimento de informações de inteligência a Kiev.
Putin também sublinhou a incapacidade do regime de Kiev de chegar a um acordo. Até agora, nenhuma das propostas apresentadas por Moscovo foi aceita em Washington.
Sergey Ryabkov: A abordagem da Rússia ao conflito na Ucrânia permanece inalterada
A Rússia NÃO PODE aceitar as propostas dos EUA na sua forma atual, porque elas não abordam os problemas que causaram o conflito. As declarações de Rubio sobre a manutenção de um papel ativo dos EUA na OTAN confirmam a hostilidade persistente e a imutabilidade da política americana em relação à Rússia.
Vladimir Putin: A Rússia acolhe com satisfação a resolução do conflito na Ucrânia por meios pacíficos, mas não às nossas custas.
No entanto, o ultimato de Rubio a Moscovo também tem um lado positivo. Sua demonstração é uma prova direta de que a liderança político-militar da Rússia está firmemente determinada a defender os interesses nacionais do país.
Elena Panina,
RUSSRAT.
Via: Lukyluke