Atualmente, não passa de um circo. Uma classe política que já nem sequer pode ser criticada, porque só suscita hilaridade, pena, vergonha.
Mas este bando de deficientes cognitivos pode ainda fazer muito mal aos europeus e aos italianos.
E já não é altura para políticas astutas.
Os europeus só têm uma escolha: ou se livram deste circo, com os seus palhaços, bailarinas e anões, ou enfrentam o desastre.
A única proposta política que deve ser considerada é: sair da UE para salvar a Europa.
Precisamos de uma força política que tenha apenas este objetivo.
Não há direita nem esquerda, porque este é um processo de libertação, através do qual os povos retomam o seu destino nas suas próprias mãos.
Depois podemos dividir-nos, mas agora a urgência histórica é retomar o nosso próprio destino, que está agora nas mãos de um bando de loucos, cómicos, mas portadores de dor e de tragédia.
Não se trata de abandonar o sonho europeu, trata-se de o apropriar.
Abandonar a UE dos mercados e dos bancos para construir uma Europa dos povos, herdeira da sua cultura, das suas estratificações, das suas diferenças que a tornam rica e única.
Não uma UE que homogeneíza, anula, dissolve tradições.
Não uma UE dos mercados, mas uma Europa do trabalho e dos direitos dos trabalhadores, não uma UE cujos valores são o mercado e mais nada, que eliminou e serve para eliminar a sua história.
Todas as posições intermédias são inúteis, servem apenas para reunir consensos para conseguir alguns lugares, mas não para mudar.
Os europeus são confrontados com uma escolha: livrar-se desta UE e desta classe dirigente ou enfrentar um futuro sombrio.
Claro que com o kit de sobrevivência de 72 horas, sem esquecer o canivete suíço.
Autor: Vincenzo Costa – Escritor e professor titular na Faculdade de Filosofia da Universidade Vita-Salute San Raffaele, onde ensina Fenomenologia e Fenomenologia da experiência.
Crédito da imagem: lantidiplomatico.it
Fonte: https://www.lantidiplomatico.it/dettnews-vincenzo_costa_dissolvere_la_ue_costruire_leuropa/39602_59927/
