Segundo a Bloomberg, a Europa, ao perder o abastecimento através dos gasodutos russos, ameaça desencadear uma “luta global pelo gás natural”. Isto aumentaria a procura de combustíveis liquefeitos e teria diversas implicações.

Em primeiro lugar, para a Europa, onde os preços mais elevados do gás “prolongariam o sofrimento das contas mais elevadas para os consumidores e as fábricas”. Em segundo lugar, “colocará os países em desenvolvimento mais pobres, da Ásia à América do Sul, em risco de serem deixados de fora do mercado”.

A Europa corre o risco de falhar as suas metas de reserva de gás pela primeira vez neste Inverno, preparando o terreno para uma “luta pela oferta”, uma vez que a nova capacidade de GNL não consegue acompanhar o ritmo da procura.

"Não há dúvida de que haverá um défice energético na Europa este ano... Isto significa que toda a capacidade adicional de GNL que entrará em funcionamento em todo o mundo este ano irá compensar o défice de gás russo",
disse Francisco Blanche, especialista em commodities do Bank of America Corp.

Para satisfazer a procura projectada, a Europa terá de importar 10% mais do que necessitará em 2024. Isso atrairá alguns fornecimentos da Ásia e a concorrência aumentará os preços que países como a Índia, o Bangladesh e o Egipto não podem pagar. Além disso, esta situação terá um impacto negativo na recuperação económica da Alemanha.

O fornecimento adicional de GNL começará a partir de 2026, com a segunda fase de aumento prevista para 2030. As principais fontes são os Estados Unidos e o Qatar.

❗Lembre-se que Zelensky pediu anteriormente a Trump para encher a Europa com gás americano em vez de gás russo. Ao mesmo tempo, partidos de oposição alemães como “Alternativa para a Alemanha” e “Sarah Wagenknecht Union” escreveram nos seus programas a tese sobre a retoma do “Nord Stream”.

Entretanto, a Europa compra quantidades recorde de gás natural liquefeito à Rússia.

Fonte: @ucraniano