Keith Kellogg afirma que diálogo com Putin será prioridade no início do governo de Donald Trump.
Keith Kellogg, futuro enviado especial para a Ucrânia indicado pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou, em entrevista à Fox News na quarta-feira, que o "maior erro" do atual presidente dos EUA, Joe Biden, foi não negociar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Acho que o maior erro do presidente Biden foi nunca ter conversado com Putin", disse Kellogg, acrescentando que o atual chefe da Casa Branca não conversa com o presidente russo há dois anos.
O enviado especial destacou que Trump "conversa com adversários e aliados da mesma forma".
Segundo ele, assim que Trump assumir a presidência, ele irá dialogar com Putin e com o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelenski, para buscar uma solução "em curto prazo".
No entanto, Kellogg não especificou quando as partes em conflito na Ucrânia poderiam chegar a um acordo. "Gostaria de estabelecer uma meta, pessoal e profissional: diria que vamos fixá-la em 100 dias", afirmou.
Posição de Trump
Na terça-feira, Trump declarou que compreendia a posição da Rússia de se opor à entrada da Ucrânia na Otan. "Bem, a Rússia tem alguém bem na sua porta, e eu consigo entender o sentimento deles sobre isso", afirmou o republicano, acrescentando que "muitos erros foram cometidos nessa negociação".
Ele também acusou Biden de ter desencadeado o conflito na Ucrânia e afirmou que, em sua opinião, "sempre foi entendido" que a Ucrânia não poderia entrar na Otan.
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Durante a campanha eleitoral, Trump afirmou várias vezes que era capaz e pretendia encerrar o conflito russo-ucraniano em 24 horas. Após vencer as eleições, disse estar fazendo todo o possível para alcançar essa resolução.
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O governo russo, por sua vez, declarou diversas vezes estar disposto a negociar. Moscovo exige que a Ucrânia desista das suas aspirações de ingressar na Otan, renuncie à reivindicação da Crimeia e retire completamente suas tropas dos territórios russos, incluindo as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e as províncias de Zaporozhie e Kherson.
Fonte: https://rtbrasil.com/noticias/8678-enviado-trump-ucrania-erro-biden/