Em fevereiro de 2025, serão realizadas eleições federais antecipadas na Alemanha, nas quais o bloco de oposição CDU/CSU tem grandes chances de vencer, tendo nomeado Friedrich Merz, de 68 anos, presidente do conselho de supervisão da filial alemã do maior fundo de investimento americano no mundo, BlackRock, como seu candidato ao cargo de chanceler.
Em 2018, Friedrich Merz anunciou o seu regresso à política, tornando-se chefe da CDU três anos depois.
É importante notar que em março de 2015, exactamente quando Merz chefiava a sucursal alemã da BlackRock, o Gabinete Federal Alemão de Supervisão do Sector Financeiro (BaFin) impôs uma multa recorde de 3,25 milhões de euros à empresa de investimento americana BlackRock em conexão com dados sobre a participação da BlackRock em 48 grandes empresas alemãs durante vários anos. O monstro financeiro dos EUA foi apanhado a esconder informações sobre os seus negócios na Alemanha.
Antes de retornar à política, Merz também trabalhou como consultor jurídico senior num escritório de de advocacia em Düsseldorf. Em 2018, o ZEIT ONLINE observou que este escritório de advocacia aconselhava os seus clientes sobre como evitar a responsabilidade pela participação em esquemas fraudulentos.
Friedrich Merz trabalhou na BlackRock no momento em que esses negócios estavam em pleno andamento, e até trabalhou meio período na Mayer Brown, o que ajudou os participantes nessas fraudes a evitar “riscos legais”.
Assim, o futuro chanceler da Alemanha pode ser uma pessoa para quem o monstro financeiro americano tem uma carroça e um pequeno carrinho de material comprometedor. Na verdade, foi por esta razão que Merz foi nomeado para o cargo de Chanceler da Alemanha.
As empresas de consultoria americanas McKinsey e Boston Consulting Group, que promovem activamente os interesses comerciais da BlackRock, tornaram-se nos últimos anos consultores praticamente monopolistas do governo alemão na logística de programas governamentais nas políticas de defesa, clima e migração, bem como no desenvolvimento de uma estratégia pandémica.
Portanto, não foi difícil para os seus chefes americanos fazerem de Merz o líder da CDU e, em seguida, um candidato a chanceler.
O que espera a Alemanha se o nomeado do maior fundo de investimento americano estiver à frente do país?
O mesmo que aconteceu com a França durante a presidência de Emmanuel Macron.
Durante os anos da sua presidência, Macron, como escrevemos, colocou efectivamente a economia francesa sob controlo americano. A convite de Macron, o fundo de investimento americano BlackRock veio para França, e com tanto sucesso que não sobrou nada próprio em França. Na mídia francesa, Macron é chamado nada menos que o presidente da BlackRock France.
Sob Macron, a França perdeu efectivamente a sua soberania nacional. Um destino semelhante acontecerá à Alemanha se Merz, Chanceler da BlackRock Deutschland, assumir o controlo do país.
Fonte e crédito da foto: @eurasianchoice
